quarta-feira, 1 de junho de 2022
Um dos principais mitos no mercado de capitais é precisar ter muito dinheiro para poder começar a investir. Quando o patrimônio é maior, claro, a rentabilidade aparece mais e dá a sensação de que a velocidade também é maior. No entanto, mesmo que o ponto de partida consista em valores reduzidos, é sempre melhor rentabilizar do que deixar parado em conta.
Outra questão é combater a argumentação de que as pessoas não possuem dinheiro sobrando para fazer investimentos. Na verdade, se investir estiver na lista de “despesas” mensais, é maior a possibilidade de se canalizar recursos para uma aplicação, por menos que sejam, do que para algumas despesas adiáveis ou menos importantes.
Em contabilidade pessoal é sempre importante entender o fluxo do dinheiro, que seria o fluxo de caixa, mesmo termo usado em análise de uma empresa. Aliás, nós somos a fonte da receita que resulta no estilo de vida que temos e no que desejamos.
As entradas podem ser salário, aluguéis, dividendos e outros. Tudo que é utilizado para pagar os custos. Já as despesas podem ser divididas em dois grupos: Fixas e Variáveis.
É muito importante entender a sua gestão de gastos, o que representa o fixo e o variável. Os gastos fixos são mais difíceis de diminuir, normalmente são aluguéis, mensalidades, planos contratados e entre outros. As variáveis são as mais fáceis de controlar.
Dando uma dica para tentar reduzir alguns dos seus custos fixos, dentro da EWZ Capital, parceira do Mundo Invest, há um especialista em Inteligência Patrimonial que pode fazer um estudo dos seus seguros como um todo e elaborar uma nova cotação. Às vezes, consegue reduzir o seu custo sem nem precisar abrir mão dos benefícios. É só nos mandar uma mensagem, que direcionamos.
Já comentei o que fazer com o gasto fixo, mas o que é mais fácil e eficiente trabalharmos é o custo variável, já que pode ser melhor controlado.
Primeiro, você precisa entender quais são esses custos variáveis e como foi o comportamento desses gastos nos últimos meses. Faça uma lista com o que gastou, agrupe os itens para entendê-los melhor e pense no que poderia ter gastado menos, o que não era realmente essencial. Não confunda não ser essencial com gastos com lazer, por exemplo.
Fazendo esse estudo sobre os seus gastos, vai ficar mais fácil entender o verdadeiro impacto na hora de uma decisão de compra. Isso vai ativar um gatilho que pode fazer você pensar duas vezes antes de seguir adiante. Com o tempo fica mais fácil controlar os gastos e, até, optar por uma aquisição de valor maior no lugar de várias pequenas e irrelevantes.
Outra dica que vai ajudar você a controlar seus gastos mensais é anotar com o que gastou e quanto, sempre fazendo uma comparação com o que você pode gastar no mês. Com isso você vai tendo uma visão do quanto falta para alcançar o seu limite e o deixa mais controlado.
Essa dica vai ajudar a anterior: saiba o quanto você pode gastar. Você deve estar se perguntando por que isso seria uma dica. Para você conseguir que sobre dinheiro no fim do mês é preciso considerar que você não tem para gastar. Para pessoas que estão começando a ter essa responsabilidade agora, tudo isso pode ser mais facilmente praticado. Quem já está nesse ciclo há mais tempo vai acabar tendo dificuldade. Insistimos: não precisa começar com um valor alto, o importante é dar a partida e ir aumentando aos poucos.
Para finalizar, uma atitude eficiente para que você não seja traído pelos seus impulsos durante o mês é tirar da conta bancária que usa diariamente um valor que, a princípio, poderia sobrar no final do mês . Transfira ou para outra conta que não use muito ou mesmo para a sua conta de investimento. Não precisa investir, espera o mês acabar, se precisar pegar algum saldo transfere de volta, mas é importante sentir que esse saldo “não existe”.
1. Entenda quais são suas entradas e saídas
2. Divida seus custos entre fixo e variável
3. Estude o que dá para ser reduzido dos seus custos
4. Anote seus gastos
5. Saiba o quanto pode gastar no mês
6. Deixe o saldo que quer guardar em outra conta
Não podia deixar de comentar sobre o cartão de crédito. De fato é uma invenção que ajuda muito, mas é preciso tomar cuidado para não se perder.
1° Permite que você gaste sem sentir que está gastando
2° Possibilita o parcelamento
Esses dois pontos não são ruins, mas é preciso ter controle sobre eles. O primeiro ponto pode ser remediado com o que já conversamos acima. Mas, para o parcelamento, vou deixar uma dica que eu mesma utilizo: Parcelar o mínimo que puder. Se eu tenho saldo suficiente para comprar, não tem motivo para parcelar.
É claro que tem um trade-off, se parcelar você consegue “gastar menos” no mês e investir mais. Mas o problema é isso sair do controle, por isso é bom evitar, mas não restringir completamente, porque a ideia de parcelamento pode ajudar muitas vezes na contabilidade.
Espero que esse texto ajude vocês a ter uma gestão financeira pessoal mais saudável e menos estressante. E, claro, consigam investir no fim do mês e ir acumulando capital.
Se ficaram dúvidas ou se você sentiu necessidade de alguma ajuda, não hesite em me chamar. É só mandar uma mensagem na caixa de email mais abaixo.
Até o próximo texto!
Débora Costacurta
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