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Coisas que "roubam" seu dinheiro

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Coisas que "roubam" seu dinheiro

Falar sobre dinheiro curiosamente é sempre delicado, quase um tabu – as pessoas mudam, o clima muda, por vezes causa constrangimento e até mesmo conflitos. O curioso disso é que a grande maioria das pessoas, na verdade, não tratam seu dinheiro com a mesma delicadeza que fazem parecer. 

Lembro sempre do ano novo, em que todos fazem suas resoluções e promessas, quase sempre contendo: ir na academia, começar uma dieta ou algo assim; e algum tipo de meta financeira. 

Não é novidade que muitos não conseguem cumprir nenhuma das duas, já no meio do ano desistem, até porque as duas metas são relativamente parecidas. 

A ideia desse texto é apontar algumas coisas que impedem a realização dos objetivos financeiros, coisas do cotidiano que acabam roubando nosso dinheiro, sobretudo os dois principais fatores que ocasionam as pequenas e imperceptíveis perdas do dia a dia: a falta de organização e de conhecimento.

Como a falta de organização afeta seu dinheiro

Como dito anteriormente, metas financeiras e alimentares são parecidas na medida em que ambas precisam necessariamente de disciplina. Independentemente da pessoa querer ganhar ou perder peso, massa muscular, melhorar sua saúde física ou alimentar, ela vai precisar se organizar. 

Ou seja, vai ter que cortar algum tipo de alimento da sua rotina e substituí-lo por outro, diminuir uma série de alimentos gostosos, mas com baixo nível nutricional, além de acrescentar a atividade física na sua rotina. 

Por mais que no começo uma mudança como essa seja mais penosa, logo ela se torna um hábito, e o controle semanal ou mensal da evolução começam a apresentar resultados gratificantes. Com o dinheiro não é diferente. Nada muda da noite pro dia e as mudanças são lentas e graduais, da mesma forma que a percepção de seus resultados. 

Guardar uma quantia por mês, por menor que seja, pode não mostrar grandes efeitos no curto prazo, mas ao longo prazo o montante pode ser considerável. A organização financeira está nos mínimos detalhes e por isso que a falta dela permite que esses pequenos detalhes roubem seu dinheiro.

Aqui vão algumas coisas ocasionadas pela falta de organização financeira que roubam seu dinheiro:

  • Impulsividade

Ter um controle financeiro faz com que você tenha uma ideia do quanto você gasta e quanto você pode gastar. Muitas vezes compramos coisas que não precisamos por estar na promoção, por ter um preço baixo, ou simplesmente por comprar, e por mais baixo que seja o preço, (comprar um chocolate ou um café por dia) no final do mês se transforma em um montante razoável.

  • Energia elétrica

Uma das dicas mais clichês é a redução do uso de energia, o que ajuda não só o seu bolso como também o meio ambiente. Atentar-se em desligar uma luz ou tomar um banho mais curto, especialmente para quem tem chuveiro elétrico, pode gerar reduções consideráveis na conta mensal e ainda mais no longo prazo.

  • Cadastro em lojas e assinaturas automáticas

Cadastros em lojas e assinaturas eletrônicas são vilãs mais sutis que acabam levando seu dinheiro sem você perceber. a lógica aqui segue a mesma: procurar assinar aquilo que você de fato consome. Pare para pensar se de fato vale a pena, por mais barato que seja, pois no final do ano pode ser uma economia bacana.

  • Ter uma agenda – controle

Ter uma agenda com um controle do seu orçamento é essencial. É importante que ao olharmos o extrato do mês possamos identificar os gastos, justamente para poder entender onde é possível diminuir, aumentar ou realocar os custos - muitas pessoas não tem ideia do quanto gastam com determinada coisa. 

  • Disciplina – saber falar não

Para fechar, saber falar não é a parte principal da disciplina. Trate seu dinheiro como seu filho e saiba recusar alguns desejos supérfluos, que podem fazer a diferença no seu orçamento. Não significa que você não deva comprar nada além do necessário, mas saiba a hora e o quanto comprar - planeje uma verba mensal para isso e siga à risca.

Como a falta de conhecimento afeta seu dinheiro

A falta de conhecimento básico é o outro lado dessa moeda. Estar atento aos movimentos da economia, taxa de juros, inflação, permite com que você possa organizar melhor suas aplicações, assim como seu orçamento, uma vez que as políticas monetárias são mecanismos que, a grosso modo, nos dizem se é um período para gastar ou poupar. 

A taxa básica de juros, por exemplo, é o que determina e influencia uma série de taxas no mercado, inclusive as taxas para quem busca crédito, financiamento, dentre outros empréstimos no banco. Assim, ao menos que seja necessário, alguns momentos não são propícios para esse tipo de movimento financeiro e o contrário também acontece. 

Outro exemplo é a inflação, uma das coisas que mais “come” seu dinheiro sem você fazer nada (e justamente por você não fazer nada!). Muitas pessoas, por falta de conhecimento, ainda acreditam que a poupança seja o melhor lugar para se guardar o dinheiro por conta da segurança que ela oferece, o que é um reflexo da nossa cultura, cujo contato com investimento sempre se restringiu à ela. 

No entanto, vale ressaltar que a única vez em que a segurança de uma aplicação em renda fixa foi colocada em risco, historicamente, foi na própria poupança, no governo Collor. Na verdade, existem diversas aplicações que oferecem risco baixíssimo e até zero risco, como o tesouro direto, e que apresentam taxas de rendimento que superam a inflação, ou que pelo menos a acompanhe, ao contrário da poupança. 

Coisas que roubam seu dinheiro

Logo, deixar o seu dinheiro lá significa que você está perdendo poder de compra, ou melhor, que seu dinheiro não está acompanhando a alta dos preços. 

Sendo assim, buscar esse tipo de conhecimento, por mais que superficial, contribui para uma melhor alocação do seu dinheiro, assim como permite que você não entre em aplicações que não fazem sentido, que paguem uma taxa de juros muito baixa comparada à outras do mercado, ou que não correspondam com seus objetivos financeiros ou até mesmo com seu fluxo de caixa.

O que mais posso fazer?

Visto isso, podemos concluir que pequenas mudanças na nossa rotina podem nos trazer muitos ganhos financeiros, deixando de nos auto sabotar, inibimos também essas coisas que roubam nosso dinheiro.

Ainda assim, um auxílio externo e de quem entende nunca é demais. Da mesma forma que vamos ao nutricionista ou a um personal trainer para melhorar a performance e fazer dietas mais eficientes, um profissional do mercado financeiro pode te ajudar a melhorar sua performance financeira. 

Isso não significaria que seu trabalho seria dispensado, pelo contrário, funcionaria como um complemento das suas tarefas, podendo te direcionar de uma melhor forma e contribuir de uma maneira geral - quanto mais informação e disciplina você tiver, melhor!

Conheça o Thiago

Assessor de Investimentos

Formado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e hoje pós-graduando na Universidade de São Paulo (USP-Esalq), Thiago Carvalho é assessor de investimentos na EWZ Capital | BTG Pactual e é um dos criadores de conteúdo do Mundo Invest.

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