quarta-feira, 9 de junho de 2021
Ethereum (ETH) é a principal altcoin - Todos criptoativos que não são o Bitcoin} altcoin - do mercado de criptoativos. Só para exemplificar o tamanho da força dessa criptomoeda, ela só perde capitalização para o Bitcoin (BTC). O Ethereum possui um objetivo muito mais que ser apenas uma moeda de troca: ele nasceu para ser um grande computador descentralizado. Ele pode ser utilizado como pagamentos, assim como o BTC, mas também permite que as pessoas criem em seu blockchain:
· Tokens: ativos digitais semelhante às criptomoedas, mas que precisam de um blockchain de terceiros;
· Aplicativos descentralizados: os mesmos apps que você utiliza no dia a dia, seja de jogos ou redes sociais, podem ser criados na rede da altcoin. A diferença é que eles não possuem censura como em muitos aplicativos centralizados;
Contratos inteligentes: esses contratos operam sem a necessidade de um intermediário, como advogados e/ou juízes. Apenas os indivíduos que fazem parte do contrato estão envolvidos nele. A própria tecnologia blockchain garante que o contrato inteligente irá se cumprir do jeito que foi programado, eliminando assim a confiança em terceiros.
Você sabia que o Ethereum que acabamos de citar não é o Ethereum original? Na verdade, ele é um fork bifurcação} do verdadeiro Ethereum. Mas antes disso, preciso te explicar o que é fork. Essa bifurcação acontece quando não há consenso entre os indivíduos da rede do criptoativo. Ou seja, quando um lado quer tomar uma decisão completamente diferente para trazer melhorias para a altcoin. Quando acontece essa divergência de pensamentos, a rede da criptomoeda toma dois rumos e os usuários decidem para qual lado irão. Geralmente o fork traz duas versões da criptomoeda para o mercado e foi justamente isso que aconteceu com o Ethereum.
Em suma, DAO, “Decentralized Autonomous Organisation” ou “Organização Autônoma Descentralizada”, é um sistema que imita a governança de uma empresa controlada por acionistas no blockchain Ethereum. Essa organização funciona à base de contratos inteligentes e os detentores da maior parte dos ativos são os que mandam. Atualmente, há diversas DAOs no mercado, como a PleasrDAO, por exemplo, mas a primeira foi lançada em 2016.
The DAO arrecadou US$150 milhões em investimentos. Todavia, no momento de euforia, um hacker conseguiu roubar cerca de US$55 milhões ao explorar uma falha nos contratos inteligentes da organização. Esse ataque mostrou que poderia existir uma ameaça à existência do Ethereum. Alguns usuários queriam que a altcoin apagasse as transações ilícitas para que a capitalização do ETH não fosse corrompida, mas outra parte não concordou com isso. Afinal, erros precisam ter suas consequências. Contudo, a primeira "turma" teve mais apoio. Sendo assim, houve uma escolha para o fork que deu origem à altcoin mais bem sucedida do mercado blockchain. Como houve uma divisão e mais pessoas optaram por apagar as transações, o ETH ficou com o nome inicial do Ethereum, enquanto o Ethereum Classic permaneceu com as transações ilícitas em sua rede. Atualmente, o Ethereum Classic não chega nem perto da movimentação do ETH, pois o Ethereum continuou com a maior parte dos desenvolvedores e aceitação do público.
Sem dúvida, esse é um dos debates mais antigos do mercado de criptomoedas. Enquanto alguns apontam que nenhuma altcoin poderá tirar o reinado do Bitcoin, outros falam que o Ethereum possui esse potencial. Afinal, ele tem muito mais utilidades de caso que o criptoativo primário. Além disso, o crescimento em valor de mercado do Ethereum foi bem mais rápido que o do Bitcoin.
Atualmente, o que observamos em uma análise mais profunda é que as duas criptomoedas possuem propostas completamente diferentes e que nenhuma precisa se sobrepor à outra. Bitcoin e Ethereum são mais complementares que rivais. O único fator que faz com que os dois "briguem" é a atenção por capitalização de mercado.
Como resultado de serem duas ideias diferentes, há muitas peculiaridades em cada que você consegue observar nesse quadro comparativo?
Bitcoin: possui um número limitado de emissão. Existirão apenas 21 milhões de unidades.
Ethereum: não tem uma quantidade máxima de emissão de moedas.
Bitcoin: em pequenas transações a rede da criptomoeda demora cerca de 10 minutos para validá-las. Já em grandes quantias, o tempo médio de espera é de 50 minutos.
Ethereum: as pequenas transações na rede do Ethereum são confirmadas com uma média de 15 segundos. Contudo, o tempo médio de uma grande transação é de 70 minutos.
Bitcoin: a criptomoeda trabalha com o modelo Proof of Work - Prova de Trabalho, onde o minerador é pago por todas as decodificações que resolver}. Isso significa que depende de mineradores para que suas transações sejam validadas.
Ethereum: Embora ainda trabalhe com Proof of Work - Prova de Trabalho}, o Ethereum está se preparando para entrar no Proof of Staking-Uma evolução do PoW, porém você coloca sua credibilidade em jogo, trazendo mais “honestidade” para o sistema. Sendo assim, os detentores da criptomoeda serão os responsáveis pelas transações da altcoin.
Atualmente, a principal altcoin possui dois problemas que precisam ser urgentemente resolvidos para que ela continue sendo destaque: escalabilidade e altas taxas.
Esse termo pode soar estranho se você não está acostumado com o mercado de criptomoedas, mas calma que vamos explicar. De forma simples, a escalabilidade de uma criptomoeda é a quantidade máxima de transações que a rede é capaz de processar por segundo. Apesar de o Ethereum ser mais rápido que o Bitcoin, o uso constante de sua rede por contratos inteligentes, aplicativos descentralizados e tokens fez com que seu blockchain começasse a ficar lento pesado. Isso mostrou que o ETH não está preparado para ser um grande computador descentralizado.
Em 2017, um aplicativo descentralizado chegou à rede do Ethereum, o CryptoKitties. Esse dApp é um jogo de gatos virtuais no qual você pode comprar, negociar e colecionar os animais digitais. A explosão foi enorme. Diversas pessoas decidiram entrar nesse jogo. Como resultado, a rede do ETH chegou a pontos de resistência altos. O CryptoKitties foi responsável por 15% de todo o consumo de taxas do Ethereum e isso causou uma grande lentidão nas transações. Essa lentidão é observada até hoje, pois a rede do Ethereum está muito mais utilizada que em 2017.
A falta de escalabilidade do Ethereum apresenta outro problema que a altcoin precisa vencer. Sua taxa média de transação. Com a utilização do CryptoKitties, ela saiu de US$0.31 para US$8.03. E isso foi apenas no início da febre do jogo. Com o passar dos meses, o crescimento de jogadores impactou ainda mais os custos! Atualmente, vemos essas taxas chegando a superar a marca de US$1.000. O grande problema está nas pequenas transações que um usuário quer fazer, pois quem deseja fazer uma transferência de US$1 milhão, pode não se importar de pagar uma taxa tão alta. Contudo, há transações que os usuários da criptomoeda precisam fazer de apenas US$100, por exemplo. Imagina pagar uma taxa que supere o valor que você precisa transacionar?
Embora o cenário esteja bem crítico para a altcoin, ela está caminhando para uma atualização que mudará seu ambiente. O Ethereum 2.0 nascerá com o intuito de resolver os problemas de escalabilidade e altas taxas, fazendo a migração da altcoin do Proof of Work para o Proof of Stake. Também será apresentado nessa evolução uma remodelação de rede. O Ethereum não será mais um computador descentralizado, mas sim terá diversos “mini-computadores” integrados em uma rede principal. Essa é a maior aposta da equipe e dos usuários da altcoin para melhorias do ETH.
Em busca de resolver as questões acima citadas, surgiram diversas altcoins para concorrerem diretamente com o Ethereum. Elas desejam apresentar um ambiente atrativo e que não deixe seus usuários com as dores observadas na principal altcoin.
Polkadot: é descrito por seus desenvolvedores como o próximo passo para a tecnologia blockchain. De acordo com o seu site, é uma versão melhorada do ETH que consegue trazer segurança, escalabilidade e inovação. Além de também ser possível a criação de tokens dentro da Polkadot, ela ganha mais destaque por ter interoperabilidade de redes. Ou seja, os blockchains de diferentes ativos podem conversar.
Cardano: é uma plataforma descentralizada que permite transferências de valor programáveis complexas de forma segura e escalável. Através da Cardano, os usuários podem criar tokens nativos. Ela também já trabalha com o modelo de consenso Proof of Stake. Sendo assim, está a um passo na frente do ETH.
EOS: a plataforma de contratos inteligentes consegue apresentar transações mais rápidas e com menos taxas que o Ethereum. O EOS é visto como o criptoativo que oferece uma plataforma blockchain descentralizada e de alto desempenho para empresas de todo o mundo, se mostrando também forte nessa batalha de tecnologia.
Conforme observado, não podemos colocar o Bitcoin e o Ethereum como rivais por apresentarem propostas diferentes. São duas redes poderosas e que o mercado verá ainda muita evolução em torno das duas criptomoedas. Mas e as concorrentes do Ethereum? Será que elas, de fato, possuem potencial para vencer a altcoin? Isso apenas o tempo irá dizer.
Vemos que o mercado é muito fiel às criptomoedas mais antigas e mais receoso com os novos projetos. Todavia, as mudanças do Ethereum precisam chegar de forma mais rápida para que ele continue em liderança. Novas gerações estão entrando no mercado e desejam redes mais rápidas e com menos taxas para transacionar. Contudo, não esqueça: as taxas do Ethereum só estão aumentando porque mais pessoas e empresas estão utilizando sua rede. Ele está muito longe de ser uma criptomoeda morta.
Quer saber mais potenciais da rede do Ethereum? Veja como a altcoin se destaca em “Tudo o que você precisa saber sobre DeFi”.
Sabrina Coincidências
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